terça-feira, 24 de abril de 2012

Se tentasse ler



em voz alta, tão logo a rouquidão se achasse, o silêncio se alastraria ao longo de decênios e mesmo aí não estaríamos no fim.
Não posso te dizer.
Que essas palavras todas gastas, presas na boca de tanto uso, são mais mudas quando ditas que quando caladas, porque não são o que é, não são o que sou. E não posso me dizer.

Cá estou, mas não da maneira como tu esperas encontrar.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

m.,



do que é que o tempo
se atenta a dizer às
coisas da vida.
sabe-se mais, e há pouco
sabe-se nada.
Mas, se é verdade, creio,
os instantes passam
e nem tudo que envelhece
ganha idade,
há o que renasça.